Marianisses
Mariana Nunes Ferreira Cabral
segunda-feira, 3 de agosto de 2015
O 1º semestre de 2015
sábado, 11 de abril de 2015
The theory of everything
segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
DE REPENTE 18
sábado, 17 de janeiro de 2015
Domingo
Cinco minutos para domingo. 17/01/2015.
É, o tempo voa.
Tenho me sentido tão exausta, tão mal e ao mesmo tempo sempre tenho de onde tirar bons pensamentos para continuar otimista.
Nessas últimas férias pós-colegial (uhu, acabei), uma série de coisas surgem para incomodar.
Ser babá, não ter tempo na semana feira pra sair com o Fer, não poder ir caminhar, ver meus amigos a hora que eu quiser... mas por que seria diferente dos outros anos, né? Meus pensamentos podem atrair aquilo que quero, mas da mesma maneira, pensamentos de outras pessoas podem interferir.
Não obstante, um conflito interno me absolve: resultados dos vestibulares.
1- não fui bem no enem como eu esperava
2- eu devia ter ido muito melhor (onde foi que errei?), teria sido uma auto-sabotagem da minha gloriosa lua em escorpião? Os deuses queiram que isso não continue - se foi.
3- ansiedade, ou melhor, ainda estado de medo da nota da UNESP ou USP - mas me sinto grata e eternamente confiante.
Com tudo isso acontecendo dentro de mim + família + companheiro + tudo ... tá difícil.
Tenho que me manter bem aonde quer que eu vá. Não apenas pelos que amo e que estão segurando a barra que é não conseguir controlar os sentimentos mas, sobretudo, por mim mesma.
Que adianta eu não me amar, não me cuidar - nem sempre sempre me adorar (risos) - e querer fazer isso pro outro? É foco, força e fé nessas horas... que os deuses mais poderosos e menos poderosos estejam comigo. Om bhur bhuva swavah!
Amanhã iremos pra uma cachoeira em Joanópolis, ô vontade de levar o Fernando na mala!!! Da próxima vamos pra um hotel lá e que tem várias atividades de yoga. E por falar em yoga, comprei uma blusa bonita com uma estampa dessa arte com o corpo que é tão maravilhosa e tem me ajudado muito.
Aliás, queria agradecer essa vida pelos bons momentos.
Agradeço a tia Cláudia. O café. O ônibus. O pão de queijo. A roupa. Os sorrisos. As pessoas inconvenientes. O cartão sem senha. A Ana. O biquine da Ana. O gelado de chocolate. O ônibus. A moça. Minha chará. O olhar. O sorriso. A mensagem. O desejo. O bem estar. A fila. A dor. O sono. A fome. A saudade.
Quanta coisinha boa e ruim em um só dia, o tempo passa, os sonhos também e a gente mal percebe.
Que amanhã reine paz e segurança - apesar do meu humor.
Namaste _/\_
Pra terminar, poema de Pablo Neruda, citado no maravilhosíssimo filme "Patch Adams - o amor é contagioso" :
"A dança"
"Não te amo como se fosses a rosa de sal, topázio
Ou flechas de cravos que propagam o fogo:
Te amo como se amam certas coisas obscuras,
Secretamente, entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce e leva
Dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,
E graças a teu amor vive escuro em meu corpo
O apertado aroma que ascendeu da terra.
Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
Te amo assim diretamente sem problemas nem orgulho:
Assim te amo porque não sei amar de outra maneira,
Senão assim deste modo que não sou nem és,
Tão perto que tua mão sobre o meu peito é minha,
Tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.
Antes de amar-te, amor, nada era meu:
Vacilei pelas ruas e as coisas:
Nada contava nem tinha nome:
O mundo era do ar que esperava.
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se dependiam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
Caído, abandonado, decaído,
Tudo era inalianavelmente alheio,
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e tua pobreza
De dádivas encheram o outono."
Te amo, Fernando Reis.